5.4.10



Ritmos.


Eu sempre me lembro de um trecho do filme Baraka, onde um monge zen caminha no meio de uma multidão de pessoas nas ruas. Bem lentamente. Ele toca o sino que carrega nas mãos a cada passo que dá.

Bem. Devagar.

Sinalizando cada pequeno passo, mostrando a importância de cada momento. No filme, as pessoas ao redor, indiferentes, andam no ritmo louco da metrópole, buscando sabe-se lá o quê. A impressão que eu tive é que o monge é quem andava no ritmo ideal, vivenciando literalmente cada passo desta vida. É a reflexão de quem passa pelos 30 anos, quando alguns dos sentidos da vida são atirados em nossa cara. Como um balde de água fria, que assusta, encharca.

E, principalmente, desperta.

Um comentário:

Maísa Picasso disse...

Eu lembro, amor!
Gosto da menina pulando bem alto, dos homens rodando, rodando...