5.4.07



Adeus, Margarida.


Todos os dias, depois da natação. Meu restaurante preferido. Meu refúgio.

Das mesas azuis com flores amarelas sob os tampos de vidro, ao lado dos postais do mundo inteiro e fotos antigas. Da eterna Bossa Nova tocando baixinho. Das paredes e prateleiras cobertas de miudezas de olhar devagar, lembrando, lembrando.

Das comidinhas cheirosas e saudáveis recendendo a coisa gostosa de fazer o corpo sorrir.

Da proprietária sempre alegre, espalhando doçura sem escolher a quem: todo mundo tem direito a um sorriso, de onde quer que venha.

O Margarida se vai, e eu vou junto, impressionado por realizar o quanto eu gostava de estar lá, mesmo que fosse naquele momento fugaz e corrido da hora do almoço. Maravilhado por perceber como ele entrou, sub-reptício, nos meus dias, na minha vida.

Agora a flor está fechada. Mas suas raízes estão entranhadas no que eu sou, e seu perfume, marcado para sempre na minha memória.

6 comentários:

Anônimo disse...

Ôô...coisa gostosa se ler, P.
Delicioso de comer de colherzinha.
:*

Anônimo disse...

amei o comentário sobre as persianas lá no blog.

vc é impar, mesmo, né?

e as margaridas aqui, hein?
lindas e com bossa nova saindo de fininho...

Marlon Tenório disse...

margarida?
fechou?
quando?
...
é...
tb já provei dos sabores daquele mágico lugar.

Anônimo disse...

Jura qu eo Margarida fechou?
Ficava no Rio Vermelho, né?
Por quê?

Anônimo disse...

A Moca publicou uma conversa nossa muito poética no blog dela.
Que fofa. Vai lá.
:*

Anônimo disse...

Adorei o recadinho, abestado.
:*